Mandalas – Do Simples ao Sagrado

Desde que nascemos, vivemos rodeados de exemplos “vivos” de mandalas. A começar pelo nosso corpo, que é constituído de células que possuem um núcleo e, portanto um meio. As células se constituem de átomos e cada átomo é uma mandala e assim por diante. Vivemos num planeta circular que descreve uma órbita circular ao redor do sol. Temos a lua, que é circular, assim como também todos os outros  planetas.

Os antigos se reuniam em volta das fogueiras para se aquecer e conversar. Os celtas chamavam o céu de A Roda de Prata de Ariarhod. Stonehenge foi criada para ver o movimento do céu. Os índios navajos desenhavam uma mandala e colocavam o enfermo no centro para restauração da saúde.

Em nossos dias atuais, a febre que está tomando conta do mundo adulto são os livros para colorir e muitos deles trazem mandalas das mais diversas culturas. Será mera coincidência que, justamente no momento em que estamos atravessando períodos  de turbulência, tanto no âmbito nacional como mundial, esses instrumentos de meditação e concentração venham fazer parte de nossas vidas?

A meditação e a dança tem muita coisa em comum. Como a própria palavra diz, o importante na meditação é o meio, e  a maioria das danças gira em torno de um centro. A começar pelas danças  circulares, passando pelas valsas e chegando às danças de rua, “o momento do giro” em torno do próprio centro desempenha um importante papel, pois traz o prazer e  o movimento que as mandalas representam.

É impossível saber quem criou a primeira mandala, mas é certo que encontramos exemplos nos primórdios da evolução humana, pois há desenhos de mandalas nas cavernas pré-históricas, ainda que bastante simples.

O motivo básico de uma mandala é a premonição de um ponto central  dentro da psique com o qual tudo está relacionado e pelo qual tudo é organizado, sendo em si mesma uma fonte de energia.

Suzanne Fincher relata que, quando criamos uma mandala, geramos uma simbologia pessoal que revela quem somos neste momento específico. O círculo que desenhamos contém e atrai  partes conflitantes da nossa natureza. A mandala invoca a influência do ser, a teia da vida que nos mantém e sustenta. Segundo Jung, o círculo (ou a esfera) é um símbolo do Eu. Expressa toda a psique em todos os seus aspectos, incluindo a relação entre o homem e a natureza.

O fato deste símbolo aparecer no culto primitivo ao sol ou na religião moderna, nos mitos ou nos sonhos, que tome a forma desenhada pelos monges tibetanos, que inspire mapas de cidades ou  que se expresse nas esferas dos primeiros astrônomos, enfatiza sempre o aspecto mais importante da vida: sua unidade e sua totalidade.

As mandalas também têm uma função terapêutica já comprovada com eficácia no tratamento da depressão, Síndrome do Pânico, vícios e outras aflições da alma, pois possuis uma energia curativa que surpreende a todos os curadores.

Elas não são uma panaceia universal, mas ajudam a quem tem problemas, emanando de suas formas e cores uma vibração positiva que, por vezes, é aceleradora e, em outras, é ordenadora e, ainda, por vezes, se mostra calmante.

Experimente fazer um círculo no chão com giz e depois fique de pé no centro dele. Ali, faça uma oração e depois se sente para receber a energia gerada pelo movimento de seu pequeno ritual com esta mandala.

Ou, então, faça um círculo de pedras e torne-se o ponto central. Respire, absorva a energia e faça uma oração. Pode ter certeza de que será uma experiência e tanto!

NAMASTÊ!!!!

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